quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Minha história na América Latina





No dia 03 de Março de 2011 saí de São Paulo com destino a Bolívia, Santa Cruz de La Sierra.
Foi a primeira parada do nosso mochilão que durou um mês entre Bolívia, Peru e Argentina. Santa Cruz é uma cidade quente e independente, o meu primeiro contato com um taxista que me levou até o Hostel deixou claro que os bolivianos de Santa Cruz não gostam do Evo e querem Santa Cruz como Capital da Bolívia.

Posteriormente partimos para La Paz em uma jornada de 17 horas, no caminho se nota a estrutura da Bolívia , banheiros péssimos e frangos em bacias. PS: a comida da Bolívia é tópico em muitos guias de viagem , não é muito confiavel.

Chegando em La Paz até o ar era diferente, mascamos muita folha de coca para suportar a altitude. Nos nos hospedamos em um Hostel chamado Loki, lugar encantador e de diversidade cultural . Fomos as agências fechar os tours e na famosa Calle de las brujas- ( Centro de compras de La Paz). Dia 06 de Janeiro era o dia do primeiro Tour , o Downhill na Death Road ( famosa estrada da morte).

São 70 kms percorridos em uma estrada de pedra e qualquer deslize é precipicio abaixo, sem volta! Fizemos o percurso total em 5 horas, o visual é perfeito, chegamos em Coroico completamente devastadas.

Dia 07 de Janeiro foi o dia de Tiwanaku (Ruínas da Bolívia)- devido á uma festa na noite anterior não aproveitei o guia e a cidade de Tiwanaku, por isso aconselho antes dos tours descansem...

Na volta passamos pelo local onde Che Guevara foi morto em 08 de Outubro de 1967, existe uma estatua de sucata em sua homenagem e diversas pixações aos arredores.
Última noite em La Paz, conhecemos o Hard Rock versão Bolívia, música variada e extremo preconceito contra judeus, que ainda não compreendi. O fato se deu quando um amigo nosso, que conhecemos no Hostel foi entrar no Clube e fomos barrados e perguntaram a ele se era judeu, porque judeus não eram bem-vindos á Bolívia! Após eu explicar que ele era australiano e não judeu, ás portas do Hard Rock Bolívia se abriram para nós!


Dia 08 de Janeiro partimos rumo á Copacabana ( Cidade boliviana é via para ir á Isla del Sol e Cusco). Após 04 horas de viagem e a travessia de barca para á Isla de Sol e o Lago Titicaca (um dos lugares mais energéticos do mundo). A energia do lugar é incrível , nos hospedamos em um casa de família, os hostels ja estavam lotados e nos hospedamos pela bagatela de 15 boliviano = 5 reais mais ou menos.

A noite há diversas rodas pela praia e em cada uma delas se fala uma língua diferente e se toca diferentes músicas . Logo pela manhã fizemos a trilha de 03 horas da parte Norte da ilha para á parte Sul, recomendo a todos fazerem esta trilha é encantadora.

Chegamos em Copacaba novamente, cidade cara e super estruturada para receber turistas. Chegando lá compramos nossas passagens para Cusco-Peru. Como Copacabana fica na fronteira entre Bolívia e Peru fomos em uma van até a fronteira e passamos pela imigração peruana e depois fomos até Puno e depois mais 10 horas até Cusco.

Chegando em Cusco procuramos Hostels perto da Plaza de Armas (principal ponto turístico da cidade e ponto de referência) o chamado ponto estratégico da cidade. porém optamos mais uma vez por ficar no Loki e não nos arrependemos, o lugar é incrível, e nos ofereceu oportunidade de praticar outros idiomas e fazer novos amigos.

Primeiro dia em Cusco conhecemos o centro, a área de comércio e as agências para prospectar a ida á Machu Picchu.
Segundo dia fizemos um tour de cavalos nas ruínas do Vale da Lua, péssima idéia os cavalos estavam cansados e violentos, porém a vista foi linda.
Terceiro dia conhecemos as boliches (baladas) de Cusco, ressalva ao Mamma Africa, melhor lugar para se dançar. Não se paga balada em Cusco, um ótimo atrativo para turistas!
De quarta-feira até sabádo, conhecemos o mercado municipal e a culinária local , nos aventuramos pós o medo de comer e beber na Bolívia.

A moeda do Peru "soles" é super valorizada, um dollar para solens é: R$2,79. Domingo chegou o grande dia trilha inca em 2 dias. O percurso foi de Cusco para Santa Tereza, Hidrelétrica, depois uma trilha de 03 horas até Águas Calientes ( Pequena cidade que faz fronteira com Machu Picchu e tem uma ótima estrutura para receber turistas assim como Copacabana).

A trilha até Machu Picchu começa ás 05 da manhã e é muito dura em comparação as outras, pois ela exige muito do turísta. O portão abre e muitas pessoas caminham rapidamente por um caminho de pedras, subidas terriveis para poder entrar em Wanapichu (montanha mais alta de Machu Picchu e principal atrativo). E somente quatro pessoas podem entrar diariamente.

Por sorte conseguimos! Uma hora de caminhada e lá estavamos na fila com ingresso carimbado para ver Wanapichu, as ruínas são arrasadoras, cada lugar é surpreendente, não é a toa que é uma das sete maravilhas do mundo.

A subida até Wanapichu é mais 1 hora. Mas a vista compensa o esforço, em cima se vê bandeiras de diferentes países como rostos maravilhados com tanta beleza. Machu Picchu simplesmente me deixou muda sem muita reação, sobrou apenas encantamento e paixão.

Na volta, descemos até Aguas Calientes, mais 1 hora e pegamos o trem até a hidreletrica e depois uma van até Cusco. Mais três dias em Cusco comuns, porém a cidade te seduz, todos se apaixonam por Cusco.

Voltamos para La Paz, onde fiquei mais três dias, como não era algo muito novo, resolvi perder o medo e curtir a Bolívia, comi a gelatina tradicional, andei de lotação (apenas 1 boliviano), caminhei por parques e 04 dias depois fiz a loucura de pegar um ônibus até Buenos Aires, 48 horas de vaigem pasmem...

Cheguei na fronteira em La Quiaca, fronteira onde existe extremo preconceito com bolivianos, os Argentinos não os querem em seu país, por isso nao recebi visto de entrada.

Fui enganada e quando chegeuei em Jujuy-Argentina. o meu ônibus que supostamnte saíria ás 22hrs da noite, saiu as 06 hrs da manhã do outro dia, mais 10 horas na estrada.

Cheguei em Buenos Aires devastada e sem a menor alegria, mas a cidade me cativou em duas horas perambulando pela Recoleta (bairro mais lindo de Buenos Aires).

Que As veias da América Latina se abram para todos vocês...

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