quinta-feira, 23 de junho de 2011

Marchas da Futilidade



A proliferação de marchas em São Paulo têm sido um dos principais temas nas redes sociais e entre jovens de São Paulo. As manifestações começaram há dois meses, com o famoso " Churrasco da gente diferenciada" que surgiu após a decisão do Estado de alterar um metrô de um bairro de classe alta de São Paulo, Higienopólis, porque os moradores protestaram, alegando que tal meio de locomoção atrairia uma " gente diferenciada", surgiu assim a idéia de mobilizar a tal da gente diferenciada para promover um churrascão em frente ao shopping Higienopólis da gente não diferenciada.

Após esta mobilização que chamou atenção de todos de imprensa ao governo de São Paulo, o metrô será construído na região. Uma semana após ocorreu a marcha da maconha, a causa choca grande parte da sociedade, mas é direito do cidadão se expressar mesmo que seja pela legalização da maconha, infelizmente ao contrário do protesto anterior, este foi marcado pela repressão dos policiais locais ao repreender ativistas que estavam fumando e fazendo apologia a erva, o ápice foi quando um policial quebro a câmera de um repórter da Folha de SP.
Após uma semana surge a marcha da liberdade devido ao conflito na marcha da maconha. Semanas depois tenho dois novos convites no Facebook, marcha nacional da Liberdade e marcha nacional da maconha!

A juventude brasileira sempe foi alvo de críticas de gerações anteriores que dizem que a atual geração não se mobiliza por nada e a defini como a estigmatizada "Geração do consumo" estagnada pela sistema. Estas marchas em excesso não é prova disso, pode ser o começo da conscientização que pode gerar uma militância mais aplicada que vem com a dedicação intelectual á causa, não basta ser uma mobilização de massa, onde nem todos estão familiarizados com a causa.

Todas estas causas estão na agenda do movimento social, mas há prioridades e há ações de grupos organizados que são resposavéis por ações que geram mudanças na sociedade. Então, pense e repense a sua participação nas marchas do Facebook! Não é um encotnro social, é a mobilização por uma causa!!!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ser bairrista ou não ser, eis a questão!


Ouve-se muito a respeito dos paulistanos e seu jeito bairrista. Certa vez eu estava no Charm da rua Augusta e conheci um maranhense feliz da vida que reclamava da falta de soliedariedade dos paulistas e para provar seu ponto de vista, parou uma mulher que passava e perguntou: "Você é de São Paulo?"- não! E acho os paulistanos muito bairristas!
Em minha defesa e da minha amada cidade, só posso dizer nem todos são assim, dizer que os paulistanos são bairristas soa como algo generalizado além da conta e quase o caso dos "Porteños" ( nascidos na capital argentina Buenos Aires). O comportamento dos chamados Porteños é algo que sempre me intrigou muito! Em uma viagem pela América do Sul e conheci argentinos de diversas partes, mas aquela personalidade ácidamente crítica e que expressa extrema rivalidade com o Brasil só partiu deles, Os Porteños! Diversas vezes vi outros argentinos descrevendo eles como pessoas extremamente desagradavéis e com ar de superiores, num infeliz momento que presenciei na Praça das Armas em Cusco uma amiga de Chaco, província da Argentina onde de localiza grande parte da população pobre da Argentina, ela comentava a arquitetura de Cusco comigo e demais argentinos, quando um Porteño interrompeu Camila, a quem carinhosamente chamava de Chaco e disse que ela não era especialista para comentar- Camila imediatamente retrucou: " O que posso dizer, Porteño!" E foi lá que vi que sim há como ser bairrista e hipócrita! Não sei se seria exagero comparar os bairristas de Buenos Aires como os de São Paulo, porém já ouvi muito paulistano dizer: " Eles que vão embora da minha cidade, eu nasci aqui é meu direito viver aqui, estas pessoas querem roubar os nossos empregos"- É impossível definir quem vive em São Paulo e tão pouco que tem o direito de viver aqui!
Como qualquer cidade como São Paulo, coração de um país não pode ter identidade, ela tem inúmeras identidades, do nordestino ao imigrante europeu ou da garota do interior que veio pra cá atrás de diploma e felicidade! Eu como paulistana devota que sou, posso confirmar estes preconceitos, como também declarar o meu amor por esta cidade que faz o meu coração disparar toda vez que volto para ela. Mas é triste saber que não somos hospitaleiros com os demais brasileiros, uma cidade que é pólo econômico e cultural de um país tão rico e diversificado, me assusta! A postura do paulistano reduz as qualidades desta cidade-coração a nada, a uma mãe de braços fechados, São Paulo é de todos e para todos, ela é cheia de contrastes e um pouco dura quando se é novo por aqui, mas se você se adaptar, será um caso de amor! Todo paulistano têm o direito de ter ciúmes da Rua Augusta, da Vila Madalena, do prato feito da padaria, do metrô cheio de gente esquisita e diferenciada e até do caos paulistano!
Mas que o "Non ducor, duco" possa soar uníssono! Um lindo coral composto por todos os brasileros, imigrantes e afins!